Silêncio é o que mais se ouve no Convento do Louriçal, onde vivem as Irmãs Clarissas. Totalmente dedicadas a Deus, vivem da meditação.

Reportagem áudio: o dia a dia desta congregação religiosa contado pela irmã Fátima, a madre abadessa do convento

Uma rua quase sem movimento, onde reina o silêncio. É a Rua da Misericórdia, no Louriçal, onde se encontra o Convento das Irmãs Clarissas do Desagravo. À entrada do convento algo chama a atenção: a Roda dos Enjeitados ou dos Expostos. Antigamente, era utilizada pelas irmãs para receberem objetos destinados ao convento sem que houvesse contacto pessoal. Mais tarde, algumas famílias carenciadas começaram a deixar os seus bebés na roda para que as irmãs pudessem cuidar deles. A maioria destas crianças recebia o apelido Santos, assim identificadas como filhas de Deus.

Conhecidas por viverem em clausura, as Irmãs Clarissas abrem a porta da igreja do convento todos os dias às 17 horas. Toda a paróquia está convidada a participar na Oração das Laudes com as irmãs, que se mantêm nas laterais do púlpito, discretas, evitando assim o contacto com a população.

Dentro da Igreja há um pequeno memorial, em honra da Fundadora da Ordem das Irmãs Clarissas, a Madre Maria do Lado. Neste local encontram-se enterradas as ossadas daquela que serviu de inspiração à atual irmã abadessa do convento, Fátima.