Em defesa dos direitos da comunidade LGBTIQ+, lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais, entre outros, um grupo de jovens juntou-se e deu origem, em 2018, à Plataforma Já Marchavas, um movimento social que luta pelo direito à liberdade por parte desta comunidade, em Viseu.

Manifestação realizada em novembro de 2022 (Foto: Plataforma Já Marchavas)

Em 2005, um grupo de jovens andava pelas ruas de Viseu a perseguir pessoas da comunidade LGBT. Tiago Resende, um dos responsáveis pela Plataforma, afirma ter-se tratado de uma “milícia”, em que as pessoas que a compunham “praticavam a tortura, a humilhação, o ódio”. Várias pessoas, “vindas de todo o país”, mostraram, na altura, a sua indignação face à situação e instalaram-se no Rossio, em frente à Câmara Municipal de Viseu, dando lugar àquilo que esteve mais perto de ser uma manifestação LGBT na cidade.

Manifestação realizada em maio de 2022 (Foto: Plataforma Já Marchavas)

Daniel Morais, outro responsável pela Plataforma, afirma que a Já Marchavas contribui para a liberdade sexual em diversos sentidos. A “ocupação de espaços públicos” e a denúncia das diversas formas de opressão são um dos contributos, assim como a elevada visibilidade através da deslocação até às escolas. 

Manifestação realizada em março de 2022 (Foto: Plataforma Já Marchavas)

A participação dos jovens nos movimentos sociais “permite educar a mentalidade de cada um e mostrar que o que era considerado tabu há uns anos atrás não é nada mais do que uma parte integrante de todas as vidas”, salienta Daniel.