Não há plano B para o planeta

Dina Soares, jornalista da Rádio Renascença e editora do programa sobre Ambiente

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Em 2019, o número de incêndios no Brasil aumentou 70%, em comparação com o mesmo período de 2018. Os efeitos sentem-se em terra.

 

Contas feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, poucos dias antes da emissão deste programa, revelam que só na Amazónia já se registaram este ano mais de 40 mil incêndios que dizimaram uma área correspondente a quatro vezes o tamanho do Algarve. O fumo vê-se do espaço.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, propôs na última semana a organização de uma reunião à margem da Assembleia Geral, em setembro, para tratar dos incêndios e da degradação da Amazónia. A maior floresta tropical do mundo está cada vez mais pequena. O oxigénio é cada vez menos e o dióxido de carbono, cada vez mais.

O problema da degradação ambiental já fazia soar alarmes há mais de 50 anos. Em 1992, no mesmo Brasil onde a floresta se vai transformando em cinzas, 178 líderes mundiais comprometeram-se a tomar uma série de medidas para proteger o ambiente.  Depois apanharam o avião, e foi cada um à sua vida.

No dia a dia de cada um de nós, a tendência tem sido a mesma. Declarações em defesa do ambiente acompanhadas por comportamentos pouco ecológicos. No entanto, a consciência de que, se destruirmos o planeta, não há plano B tem vindo a despertar mais e mais consciências.

Neste programa participaram Catarina Santos, Bianca Pereira e Carolina Santos, do Instituto Politécnico de Leiria, Adriana Gonçalves, da Universidade da Beira Interior, Rafaela Teixeira e Sofia Camilo, da Universidade Nova de Lisboa e Elsa Custódio e Joana Almeida, do Instituto Politécnico de Tomar. A edição é de Dina Soares e a locução de Manuela Pires, jornalistas da Rádio Renascença. A pós produção é de Miguel van-der Kellen, professor na Universidade Autónoma de Lisboa e formador no Cenjor.