Da linearidade à individualidade: mudanças no que veem os jovens

Francisco Sena Santos, Jornalista da Antena 1 e Professor da Escola Superior de Comunicação Social

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Seja na informação, seja no entretenimento, a mobilidade e a individualidade são, hoje, duas vincadas características de como os jovens lidam com os conteúdos mediáticos. As redes sociais e as plataformas de streaming conjugadas com a ubiquidade da internet, permitem aceder a uma miríade de conteúdos, praticamente em qualquer lugar.  

 

Os jovens têm, como nunca tiveram, um vasto e acessível leque de escolhas. As múltiplas plataformas de streaming  a operar no mercado “entregam” nos dispositivos móveis a possibilidade de escolha de milhares de séries e filmes, que podem ser vistos em qualquer momento. Já nas redes sociais, navega-se por entre a informação que lhes chega, ao segundo, à palma da mão através de fontes em todo o mundo. O tradicional paradigma da comunicação de massas, do emissor único a enviar mensagens para uma grande e heterogénea audiência, sem interatividade, sem capacidade de escolha sobre o que se vê, é algo que está cada vez mais distante do quotidiano dos jovens. E será, já para muitos, um processo comunicacional incompreensível.

Longe, mas ainda não ausentes, estão os denominados “media tradicionais”. Socorrendo-nos do conceito de Alvin Toffler, neste evidente processo de “desmassificação”, a televisão linear e os jornais tradicionais ainda desempenham um papel no dia-a-dia dos jovens. Mas, através da audição destas reportagens, também facilmente nos apercebemos de que são exceções num novo contexto mediático onde os paradigmas da individualidade e da autonomia estão a sobressair.

Neste programa participaram Carolina Vilaça, Mariana Ferreira e Matilde Rego do Instituto Politécnico de Leiria; Ana Catarina Andrade, Carlota Teixeira, Francisca Jesus, Inês Rosário e Nádia Franco, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa; Daniela Tender, William Rocha e Catarina Santos, do Instituto Politécnico de Bragança; e Tatiana Felício da Universidade do Algarve. A apresentação é de Diogo Gouveia, da Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação da Universidade Europeia. A edição é de Nuno Francisco, Jornalista e Diretor do Jornal do Fundão. A pós-produção é de Miguel van der Kellen, da Universidade Autónoma de Lisboa. A coordenação é de Ricardo Morais, da Universidade da Beira Interior e da Universidade Europeia.