É hora de agir

Ana Silva Fernandes, jornalista da RTP e editora do programa "Clima"

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No inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise.” 

Dante Alighieri

A emergência climática tem motivado alertas da ONU, do Papa, da Rainha de Inglaterra, de cientistas, de atores, de músicos, de jovens – que às sextas feiras fazem greve pelo clima.

Neste século, em que o ambiente e a sustentabilidade são temas dominantes na agenda internacional, o conhecimento que hoje temos sobre o tema e sobre a sua importância para a humanidade, colocam o assunto no topo das preocupações. 

A pandemia mostrou-nos como é fundamental alcançar consensos, compromissos, entre as nações para resolver problemas globais. Mas os problemas que nos aguardam nos próximos anos são ainda maiores, avisam os cientistas. Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a indústria e as companhias aéreas de muitos países a parar, por causa da pandemia de covid-19, de acordo com dados da Organização Meteorológica Mundial.

Na COP26, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou aos líderes mundiais para salvarem a humanidade, alertando que se está “a cavar a nossa própria sepultura” e que é tempo de dizer “basta”.

E David Attenborough, também na COP26: “Se somos suficientemente fortes para desestabilizar o nosso planeta, também somos suficientemente poderosos para o salvar se trabalharmos juntos”, disse, na sessão de abertura.

Esta é a hora para agir. É hora de todos sermos mais exigentes, mais conscientes. Nos nossos comportamentos quotidianos. Nas Universidades. Nas Empresas. E com os governos, exigindo que cumpram a sua parte.

Para um futuro sustentável, porque “Não há Planeta B”.

Este é o contributo dos Repórteres em Construção sobre o tema Alterações Climáticas.

Neste programa participaram Ana Silva e Miguel Marques Ribeiro, da Universidade do Porto; Beatriz Valente, Gonçalo Martins, Inês Palhares Rosa, Marta Caldeira e Miguel Tomás, da Escola Superior de Comunicação Social. A edição foi de Francisco Sena Santos e Miguel van der Kellen. A Coordenação de Ana Silva Fernandes, jornalista da RTP.